Coisas que o dinheiro não compra


Neste feriado de 12 de outubro estive visitando minha família por ocasião da formatura do meu pai.

Dos deliciosos momentos em família em que convivemos, brindamos, comemos e conversamos gostaria de registrar 5 minutos que tive de felicidade, calma, presença e foco.

Passava da meia-noite do domingo e, embora oficialmente fosse primavera há duas semanas, o inverno insistia em pairar sobre o Rio Grande do Sul.

Tendo pego muita chuva na noite anterior em função das festividades, aproveitávamos a lareira acesa ao entardecer e, depois dos devidos telefonemas e notícias, todos preparam-se para dormir.

Estando a casa cheia e todas camas ocupadas, eu dormia em um colchão no chão da sala. Meus bônus consistiam da lareira, que ainda queimava a última acha da noite, e do meu gato, Godofredo, que depois de passar o dia inteiro de colo em colo, finalmente se aproximava de mim e me concedia a graça de sua companhia e calor felino.

Eu já acostumada ao frio ameno do Sudeste, e sem meu amado “cobertor de orelha” ouvia o tic-tac do relógio e demorava à aquecer meus pés e conseguir dormir. Foi quando Godofredo moveu-se suavemente para meus braços e me pediu carinho. Ali, ouvindo o crepitar da lareira, o ronronar suave de meu gato e o respirar do sono seguro da minha família tive a certeza de que tem coisas que o dinheiro não compra e… adormeci.

 

 

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