
Escolhas
Sabemos que estamos neste ponto do caminho devido às escolhas que fizemos e que nos trouxeram até aqui. Muitas vezes nos perguntamos se tomamos mesmo as melhores decisões… mas será que era possível escolher melhor na época? Será possível tomar melhores decisões no futuro?
Múltiplos fatores influenciam em como tomamos nossas decisões, fazemos nossas escolhas. Alguns deles, numa lista bem sintética da Open University são:
- Quem decide – Cada pessoa é única, e carrega consigo em cada decisão sua personalidade, história, habilidades, crenças, valores e experiência com decisões anteriores.
- A situação – Cada decisão traz consigo um grupo “conhecido” e outro “desconhecido” de fatores, o que faz com que algumas escolhas sejam mais difíceis que outras. É claro, que só podemos realmente usar o que sabemos, buscar novas informações por um certo tempo, e nos contentarmos com a decisão final.
- Percepção como problema ou oportunidade – Isso se aplica tanto no nosso mundo interno (como nós percebemos essa situação de decisão), quanto no externo (o linguajar utilizado quando uma decisão é apresentada para nós). Às vezes refazer a frase, faz com que tomemos uma decisão completamente diferente. Um problema precisa de uma solução, uma oportunidade nos dá opção de escolha.
- Critérios de decisão – a existência de critérios prévios de decisão ajuda tanto a criar um maior entendimento quando a decisão é feita em grupo quanto a facilitar a decisão pessoal
- Tempo – Cada decisão é tomada em um momento específico, em um conjunto específico de circunstâncias. O que parecia uma ótima escolha em um dia, pode se revelar uma péssima no outro… paciência, num dia a gente ganha, no outro a gente aprende.
- Pessoas afetadas pela decisão – Essa influência pode ser direta ou indireta. Especialmente quando as pessoas tomando as decisões serão afetadas também. Novamente, cada pessoa envolvida carrega diferentes interesses nessa decisão.
- Suporte à decisão: teorias, ferramentas e técnicas – “qualquer tecnologia é um instrumento de poder à favor daqueles que são competentes nesta, e à custa dos que não são” March (1991). A habilidade de modelar certas situações e prever possíveis consequências pode fazer grande diferença na tranquilidade de uma decisão.
Entenda que existem séculos de estudos dedicados à tomada de decisões, áreas inteiras de pesquisa na psicologia, economia, marketing, administração. Compêndios inteiros dedicados a ajudar médicos, juristas e executivos a ajudar a tomarem melhores decisões em suas profissões. E na sua vida… e você?
Você já pensou que muitas das escolhas que você fez até agora, não foram realmente suas? Que talvez você saiba tão pouco sobre uma situação que não pode tomar a melhor decisão? Que uma “decisão precipitada” ou “fora de hora” só existem quando olhamos para trás? Que ao olhar por novas perspectivas um problema pode se tornar uma oportunidade? Que existem ferramentas disponíveis para ajudar a tomar melhores decisões?
E talvez o mais importante: Que você pode tomar uma decisão neste momento e escolher certos critérios que vão guiar suas escolhas daqui para frente, fazendo com que suas futuras decisões sejam mais leves e, em última instância, a sua vida?
Leia mais:
- sobre decisões na Open University (em inglês)
- sobre o hábito minimalista
- sobre a decisão do minimalismo
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